Dívida técnica

O projeto Fênix é um livro sobre tecnologia, mas não é um livro técnico, é um romance muito bem escrito por três autores diferentes, todos com bagagem em tecnologia. Segundo a própria descrição do livro: Em um ritmo rápido e divertido, três pessoas renomadas do movimento DevOps apresentam uma história que qualquer um que trabalhe com TI reconhecerá. Os leitores aprenderão como melhorar suas próprias organizações de TI e nunca mais verão TI da mesma forma.

Tive contato com a obra em meados de 2020 e foi uma leitura frenética, eu simplesmente não conseguia parar de ler, e foi nela que tive o meu primeiro contato com o termo dívida técnica. Nessa época já trabalhava com infraestrutura, mas o termo não me era familiar, talvez por ele ser mais utilizado em desenvolvimento de software, mas cabe muito bem no nosso mundo

Dívida técnica refere-se aos custos futuros de retrabalho ou manutenção que surgem da priorização da velocidade e dos atalhos em detrimento da qualidade da rede, dimensionamento e infraestrutura adequada, com a dívida acumulando ao longo do tempo e exigindo recursos muito maiores para ser paga.

Toda gambiarra gera um dívida técnica mas nem toda dívida técnica vem de uma gambiarra, a escolha de um protocolo proprietário em detrimento de um aberto por exemplo não é uma gambiarra, mas provavelmente gera uma dívida técnica já que no futuro será muito mais difícil migrar para um outro fabricante.

Mas como tentar diminuir ao máximo essas dívidas?
Processos bem definidos;
Guias/modelos de configuração;
Treinamento;
Conscientização;
Limpeza de configuração desnecessária;
Revisão de configuração;
Melhores práticas;
Alinhamento contínuo com o chão de fábrica.


Lembre-se que quem mais sofre com essa dívida é você, toda hora um incêndio para apagar, problemas que se multiplicam, estabilidade inexistente do ambiente, sobrecarga de trabalho e muito retrabalho.

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